CARRO ELÉTRICO

Estudante da UNIJUÍ cria protótipo de veículo elétrico 
Veículo utiliza dois motores elétricos, com tempo de recarga de duas horas e possui autonomia de 40 km.
 
18/01/13

Com o objetivo de "apresentar as principais características a serem observadas durante a construção de um veículo elétrico convencional, através do desenvolvimento de um protótipo", Luciano Bonato, estudante de Engenharia Elétrica da UNIJUÍ, apresentou em dezembro o resultado final do seu trabalho de conclusão de curso no campus da universidade.

O veículo elétrico desenvolvido é destinado para uma pessoa, com custo a menos de R$ 1,00 para percorrer 40 km. Para alimentar os dois motores elétricos, são necessárias duas baterias de ion-lítio e a velocidade máxima do veículo é de 63km/h, obedecendo os limites estipulados dentro da cidade. "Foi efetivado um protótipo urbano, de baixíssimo custo, quase sem manutenção e sem nenhum prejuízo ao meio ambiente", explica um dos orientadores do projeto, professor Maurício de Campos.

A Associação Brasileira do Veículo Elétrico realizou uma entrevista exclusiva com Luciano Bonato, que nos conta que a ideia veio a partir de uma necessidade que o curso tinha em realizar pesquisas na área. Ele conta que o projeto iniciou há seis meses, mas que o veículo foi feito em um mês e meio.

ABVE:
 Primeiramente, a Associação Brasileira do Veículo Elétrico o parabeniza pela iniciativa de projetar e construir um veículo elétrico, como requisito parcial para obtenção do título de engenheiro eletricista. Quais foram os eus professores orientadores? Conte-nos um pouco sobre o projeto.

Luciano Bonato:
 O trabalho de conclusão de curso intitulado "DESENVOLVIMENTO DE UM PROTÓTIPO DE UM VEÍCULO ELÉTRICO" orientado pelos professores Júlio Oliveira Bolacell e Maurício de Campos teve como objetivo principal apresentar de maneira sucinta os principais aspectos a serem considerados durante o projeto e construção de um veículo elétrico. O projeto inicial se limitou ao estudo das tecnologias utilizadas em veículos elétricos e a construção de um protótipo, onde foram dimensionados os seus principais componentes através da análise de características como disponibilidade, custo e eficiência, servindo o mesmo como módulo didático para futuros trabalhos.





ABVE:
 O que o inspirou para desenvolver um projeto final voltado para veículos elétricos? A partir de que período você começou a pensar que este seria o tema do seu projeto final?

Luciano Bonato:
 A inspiração para o trabalho veio de más experiências obtidas com veículos a combustão, o que despertou o interesse sobre os veículos elétricos. Após várias pesquisas e algumas conversas com colegas de trabalho surgiu a ideia de construir um veículo deste tipo, porém, a maior limitação era o custo dos componentes o que fez com que o projeto fosse deixado de lado. Então, no último ano do curso de Engenharia Elétrica da Unijuí, conversando com o professor Maurício de Campos na disciplina Projeto de TCC levantou-se a hipótese do projeto ser subsidiado pela universidade, e a partir daí o projeto alavancou e resultou no protótipo construído.


ABVE:
 De que forma você obteve recursos para viabilizar a construção do chassi do veículo? A própria universidade custeou a construção? 

Luciano Bonato:
 Todos os componentes do veículo foram adquiridos com recursos da universidade, como citado anteriormente. A ideia inicial era transformar um veículo a combustão da própria universidade em elétrico, mas devido ao alto custo esta possibilidade foi descartada. Então, tentou-se construir o chassi do veículo em conjunto com o curso de Engenharia Mecânica e Design. Porém, devido ao curto prazo estabelecido, acabei optando pelo desenvolvimento deste em parceria com uma empresa da cidade, utilizando-se materiais disponíveis no mercado local, tornando possível a construção em um curto prazo de tempo.


ABVE:
 Qual tipo de bateria utilizada no projeto? Teve muitas dificuldades para encontrar este equipamento?

Luciano Bonato:
 As baterias utilizadas no projeto são do tipo "Ferro Fosfato de Lítio" (LiFePO4) e foram importadas da China pois não foram encontrados fabricantes no Brasil deste tipo de bateria. Possuem uma tensão de 48V e uma capacidade de 12Ah cada uma, pensando 4,8Kg cada. Uma das principais dificuldades durante o projeto foi encontrar baterias com grande capacidade e uma boa densidade energética no mercado nacional. A maioria das baterias que possuem uma capacidade considerável é do tipo "chumbo-ácido", já as baterias disponíveis com uma alta densidade energética possuem pequenas capacidades, se limitando ao uso em equipamentos eletrônicos como telefones celulares e computadores.


ABVE:
 De acordo com os estudos preliminares do seu projeto final, quais são as estimativas de potência e de autonomia do veículo? Você pode explicar um pouco das contas usadas para chegar nesses valores?

Luciano Bonato:
 A potência de cada motor a uma velocidade de 328RPM chegou a 1002,55W, como foram utilizados dois destes no protótipo, ficou em 2005,1W a potência máxima total, obtendo-se um rendimento de 77% nesta situação. Em testes o veículo drenou uma corrente de 22A quando se deslocava em terreno plano a uma velocidade de 40Km/h, assim estimando-se uma autonomia de aproximadamente 40Km, porém esta é uma estimativa extremamente superficial pois o consumo varia muito, dependendo do peso o ocupante, da calibração dos pneus, tipo de terreno, etc. Na velocidade máxima dos motores o veículo consegue atingir 63 Km/h porém por questões de segurança a potência dos motores foi limitada, de modo a reduzir a velocidade máxima.


ABVE:
 Qual foi a reação dos seus pais/familiares/amigos ao saberem do seu tema de projeto final?

Luciano Bonato:
 A reação da maioria das pessoas era achar que eu não iria conseguir finalizar o projeto, devido aos custos, ao curto período de tempo, bem como outros compromissos que eu possuía, porém graças ao auxílio e incentivo dos orientadores e de familiares o projeto foi concluído dentro do prazo especificado. Com a finalização do protótipo, disponibilizei o mesmo para a sua condução e quem o dirigiu aprovou a experiência de conduzir um veículo que não emite ruídos, não possui marchas nem embreagem. Além do fato de que de certa forma este é considerado um veículo não poluente, o que chamou a atenção para esta tecnologia, a qual do meu ponto de vista é muito antiga, porém pouco incentivada principalmente em nosso país.


ABVE:
 Quais são seus planos após a formatura?

Luciano Bonato:
 Um dos meus planos após a formatura é seguir com o mestrado na área de sistemas de energia e encontrar um emprego no qual possa continuar trabalhando com veículos deste tipo. Considerando que a tecnologia para a viabilização da fabricação de veículos elétricos já existe e está de certa forma bem amadurecida, a área que necessita de estudos ,no caso do Brasil para a difusão dos veículos elétricos é em relação aos sistemas de transmissão e distribuição de energia, pois estes ainda estão muito precários para que se torne viável a utilização de uma frota elétrica considerável. Estou também colaborando no desenvolvimento de um Velomóvel com tração assistida por motor elétrico, vinculado à dissertação de mestrado intitulada "DESENVOLVIMENTO DE CARENAGEM DE MINIVEÍCULO COM EFICIÊNCIA ENERGÉTICA" do aluno Leonardo Cardoso Rosa do curso de Pós Graduação de design da UFRGS, o qual será elaborado em fibra e carregado com energia solar, características que tornam um veículo mais aprimorado se comparado ao primeiro protótipo construído no TCC.

Fonte: ABVE

Estudantes de curso técnico desenvolvem protótipo de carro a energia solar

Os estudantes apresentaram o projeto do carro na Feira.
16/11/2015 - SEGUNDA-FEIRA -
Estudantes do 1.° ano do curso técnico em Energias Renováveis do Centro Estadual de Educação Profissional Newton Freire Maia, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, trabalham há um ano no protótipo de carro movido a energia solar. O experimento foi apresentado durante a terceira edição do “Dia de Campo e Feira de Profissões – Educação, Produção e Tecnologia” realizada pelo Centro na última semana.

O projeto está em fase de pesquisa e adaptação. São duas baterias com capacidade de 12 volts cada, ligadas a um painel solar que pode captar até 40 volts e um carregador de carga que transfere a energia retida na placa solar para as baterias. Em seguida a energia armazenada é distribuída para uma ventoinha que faz o veículo funcionar.

O objetivo do trabalho é contribuir para pesquisas sobre energias alternativas ao uso de petróleo e outros combustíveis poluentes. As baterias carregam em aproximadamente oito horas e duram até 12 horas.

No entanto, o carro tem apenas uma redução de velocidade, o que o impede de carregar muito peso. “Estamos aprimorando a nossa pesquisa e esperamos implantar mais uma redução, já no próximo ano, para que o carro possa suportar o peso de uma pessoa adulta”, explicou o aluno Eduardo Pochapske, de 14 anos.

O trabalho é desenvolvido pelos estudantes Eduardo Pochapske, de 14 anos, Thiago Rodrigues da Rosa e Dirceu Cardoso de Almeida, ambos de 17 anos. Eles são orientados pelos professores Ricardo Strapasson e Rafael Guromazzo.

FICIÊNCIAS - Alunos de 28 escolas da rede estadual de ensino participaram da 4.° edição da Feira de Inovação das Ciências e Engenharias (Ficiências), que aconteceu de terça-feira e quarta-feira (10 e 11), em Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado. O encontro reuniu trabalhos científicos produzidos por alunos da rede estadual, particular e ensino superior.

A Secretaria de Estado da Educação é uma das parceiras da Ficiências, que é organizada pela Itaipu. A feira reúne trabalhos divididos em sete categorias: ciências exatas, ciências humanas, ciências da saúde, ciências biológicas, ciências agrárias, ciências sociais e engenharia. As pesquisas foram avaliadas examinadas por uma banca examinadora. Os trabalhos mais bem avaliados serão acompanhados por professores do ensino superior para a continuidade das pesquisas.

Além de incentivar o gosto pela pesquisa científica, a iniciativa proporciona aos estudantes e professores a oportunidade de trocas de experiências e conhecimentos com acadêmicos de cidades do Brasil, Argentina e Paraguai.
Fonte: www.nota10.com.br

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